“Somos Todos Iguais” ajuda supermercado carioca a promover a inclusão

Uma rede de supermercados do Rio de Janeiro criou o projeto “Somos Todos Iguais”, que ajuda no processo de inclusão de funcionários com deficiência. Eles têm salas e equipamentos adaptados de acordo com as funções. Além disso, todos os funcionários recebem aulas de Libras para melhorar a comunicação e fortalecer as relações.

Pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH) mostra que 81% das empresas contratam pessoas com deficiência apenas para cumprir a lei. No varejo, uma das empresas que foge a essa regra e vem apresentando bons resultados é a rede carioca de supermercados Mundial.

Já em 2002, a empresa desenvolveu um projeto piloto com 10 pessoas com deficiência intelectual em algumas lojas, o que mostrou que era possível trabalhar com esses profissionais. “A empresa já tinha uma cultura de cidadania e responsabilidade social, mas não havia uma política instituída”, comenta Laura Negro de La Pisa, coordenadora de projetos sociais da rede. Em 2004 o piloto foi ampliado para 60 pessoas, depois para 180, e hoje mais de 400 funcionários da rede fazem parte do programa (alguns dos quais desde o piloto, 13 anos atrás). “Por lei, 5% dos colaboradores deveriam ser pessoas com necessidades especiais. Acreditamos neles e sempre estamos acima da cota”, diz Laura.

As principais deficiências são intelectuais, físicas e auditivas. O projeto, chamado Somos Todos Iguais, tem o objetivo de incentivar esses profissionais a desenvolver metas, resultados e possibilidades de crescimento na carreira dentro da empresa. “Nossa preocupação sempre foi fazer um trabalho que merecesse o respeito das pessoas, de suas famílias e da sociedade como um todo”, comenta a coordenadora. Segundo ela, o trabalho vai muito além de dar um uniforme e colocar para trabalhar. “Nossa preocupação é qualificar as pessoas e, por isso, alfabetizamos alguns, fizemos convênios com a Secretaria da Educação, demos cursos de Libras para que os outros colaboradores pudessem falar com os deficientes auditivos. Isso dá trabalho, exige amor e dedicação”, afirma Laura.

O grupo de colaboradores com necessidades especiais tem servido de exemplo dentro e fora da empresa. “São profissionais competentes, dedicados, que raramente faltam ou chegam atrasados e têm um turnover baixíssimo”, comenta a coordenadora. “Eles são exemplos de cidadania, solidariedade e dedicação e sedimentam nosso projeto de inclusão social. É muito gratificante”, completa.

Fonte: Novarejo

Assista ao vídeo e conheça o projeto!

http://g1.globo.com/como-sera/noticia/2016/08/empresa-tem-projeto-de-inclusao-de-pessoas-com-deficiencia.html

Por Stela Masson, agosto, 2016

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