REIS realiza 30º Encontro com o tema Aprendizagem para Pessoas com Deficiência

Publicado em: 18/06/2018


Empresas demonstram que, com programas estruturados e parceiros especializados, a Aprendizagem é uma excelente oportunidade onde todos ganham.

A Rede Empresarial de Inclusão Social – REIS – realizou, no período da manhã do dia 15 de junho de 2018, no auditório da Natura NASP, o 30º Encontro aberto a empresas e instituições convidadas. O Encontro teve ampla participação do público, por meio de perguntas aos painelistas. Assim como em todos os eventos providos pela REIS, o 30º Encontro teve acessibilidade para todas as pessoas e contou com os parceiros institucionais HandTalk (acessibilidade para o site), K&K (Libras), Carpe Diem (recepção feita por pessoas com deficiência intelectual) e Ktalise (audiodescrição). A abertura foi feita por Gleycia Leite, gerente de RH da Natura, e Marina Leal, coordenadora de Diversidade da Natura, que apresentou as formas de atuação da REIS.

 

Para o primeiro painel, mediado por Ivone Santana, consultora e fundadora do Instituto Modo Parités, os palestrantes convidados foram a auditora fiscal do Ministério do Trabalho e coordenadora da fiscalização da Inserção de Aprendizes pela Superintendência Regional do Trabalho em Emprego do Estado de São Paulo, Alice Grant Marzano, e o médico do trabalho e auditor do MTb, coordenador do projeto de inclusão de pessoas com deficiência da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de São Paulo, coordenador da Câmara Paulista de Inclusão da Pessoa com Deficiência no mercado de trabalho formal, e conferencista internacional que, em 2017, levou a experiência da Lei de Cotas brasileira em Kassel, na Alemanha, e em Boston, nos EUA, Dr. José Carlos do Carmo, Kal.

    

“O programa de aprendizagem pressupõe obrigações para as duas partes: o  empregador tem a obrigação de proporcionar formação técnica, profissional e metódica compatível com o desenvolvimento físico, moral e psicológico do aprendiz, e a obrigação do aprendiz é de executar as tarefas com zelo de forma a vivenciar as informações recebidas”, explicou a dra. Alice Grant Marzano.

“Um aprendiz com deficiência não pode atender às duas leis de cotas, mas os programas estruturados de aprendizagem, realizados em parceria formal com o Ministério do Trabalho, permitem que, enquanto dure a aprendizagem e, de acordo com o número de aprendizes com deficiência, a empresa não seja autuada no cumprimento da lei de cotas para pessoas com deficiência”, disse Dr. José Carlos do Carmo, Kal.

No segundo painel, mediado por Fernando Braconnot, consultor de Desenvolvimento e Diversidade da RD, foram apresentados os cases de  Aprendiz com Deficiência da Natura, em parceria com a APAE SP; da IBM, em parceria com o Instituto de Oportunidade Social – IOS; e do Grupo Fleury, em parceria com o Instituto Ser Mais. Cada case teve um representante da empresa, um da instituição e um aprendiz, e todos explicaram os aspectos que facilitam e os que dificultam os processos de inclusão pelo programa de aprendizagem.

Seguindo a máxima “nada sobre nós sem nós”, o ponto alto do encontro foram os depoimentos de Fernanda Gomes (Natura), Robynson Desiderio (IBM) e Maicon Sousa Rodrigues (Grupo Fleury), integrantes dos programas de aprendizagem apresentados. “Meu sonho agora é fazer uma faculdade e ser efetivada na área de RH da Natura”, declarou Fernanda. “Eu me sinto importante para o negócio da IBM, sei que contribuo e que farei falta de sair”, afirmou Robynson. “Eu quero cuidar das pessoas, como eu aprendi no Grupo Fleury, por isso meu sonho agora é cursar Nutrição para cuidar da saúde das pessoas”, disse Maicon.

   

Os encontros da REIS são organizados por integrantes do grupo diretor, que é composto por representantes das empresas Accenture, EY, IBM, JLL, Microsoft, Natura, RD, Serasa Experian, Sodexo  e TozziniFreire Advogados e pelas membros convidadas Eliane Ranieri, Ivone Santana e Silvia Tyrola.

Sobre a Rede Empresarial de Inclusão Social

Em 2 maio de 2012, no 26º Fórum de Empregabilidade Serasa Experian, e com a participação de mais de 60 empresas e da Organização Mundial do Trabalho (OIT), foi lançada a ideia da criação de uma rede nacional de empregadores de pessoas com deficiência, tendo como base a rede mundial já existente na época, com o mesmo objetivo.

Como as políticas e práticas de inclusão social e de diversidade são importantes pontos de atenção para os participantes, algumas das empresas se voluntariaram a criar a Rede. No mesmo dia formou-se o grupo diretor com representantes das empresas presentes.

Além das empresas parte do grupo diretor há atualmente cerca de 100 empresas integrantes da Rede Empresarial. O grupo é citado em publicações da OIT como referência em trabalho empresarial em rede colaborativa, devido às suas realizações. A cada bimestre são realizados encontros abertos para todas as empresas da Rede.

As organizações do Terceiro Setor e as autarquias governamentais também participam como convidados dos encontros, que visam abarcar o máximo de segmentos, com vistas ao cumprimento de sua importante missão de propagar boas práticas de inclusão no trabalho por meio da soma e união das diferentes iniciativas da sociedade. A rede disponibiliza ainda o site www.redeempresarialdeinclusao.com.br e manuais para implantação de boas práticas.

15 de junho de 2018

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