72% das pessoas com deficiência afirmam sofrer capacitismo na procura por trabalho, diz a quarta edição da pesquisa Oldiversity
Publicado em: 30/10/2025
Foram duas mil entrevistas online entre os dias 19 e 28 de agosto de 2025 em todo o Brasil
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Estudo da Croma Consultoria mostra que 67% dos profissionais com deficiência entrevistados deixam de usar produtos de marcas e empresas preconceituosas. Trabalho destaca opiniões sobre discriminação nos processos de contratação, acessibilidade, políticas afirmativas e o posicionamento inclusivo das corporações como critério de escolha e fidelização de consumidores. Episódio 211 da coluna Vencer Limites no Jornal Eldorado (Rádio Eldorado FM 107,3) Por: Luiz Alexandre Souza Ventura
A pessoa com deficiência não é um ser isolado em si mesmo. Ao contrário, costuma viver rodeada de familiares e amigos. Em uma conta simples, vale por quatro, talvez cinco, considerando sua rede de apoio. Por isso, os dados da quarta edição da pesquisa Oldiversity, da Croma Consultoria, obtidos com exclusividade pelo blog Vencer Limites (Estadão) e a coluna Vencer Limites no Jornal Eldorado (Rádio Eldorado FM 107,3 SP), servem de alerta urgente para empresas, profissionais de comunicação, especialistas em markenting, responsáveis pela imagem de corporações, marcas e produtos.
O estudo, feito a cada dois anos, mostra que 72% das pessoas com deficiência que procuram emprego afirmam terem sido alvo de capacitismo no processo de contratação. Isso significa que sete entre dez profissionais com deficiência destacam haver discriminação na busca por trabalho. O número é um pouco menor do que o apresentado na edição anterior, quando 81% dos entrevistados relataram situações de preconceito nesse processo, “o que indica o efeito concreto de políticas afirmativas e iniciativas de diversidade”, ressaltam os pesquisadores.
Foram duas mil entrevistas online entre os dias 19 e 28 de agosto de 2025 em todo o Brasil, considerando idade, gênero, classe social e região geográfica, além entrevistas por etnia, orientação sexual e com pessoas que têm deficiência.
O levantamento também aponta que 67% das pessoas com deficiência ouvidas preferem não consumir marcas preconceituosas, reforçando que o posicionamento inclusivo tornou-se critério de escolha e fidelização de consumidores. E 60% afirmam que empresas e marcas estão se ajustando melhor às necessidades desse público, com avanço da acessibilidade e da personalização de produtos e serviços.
Outro dado importante é o crescimento de 20% (de 37% para 57%) na expectativa de itens para públicos diversos, além de apenas 42% das pessoas com deficiência concordarem que as lojas estão preparadas para prestar atendimento adequado.