Especialistas discutem a relevância do trabalho para pessoas com transtornos mentais

Publicado em: 31/10/2016


“Não é o diagnóstico que determina a desabilidade” (Dr. Roberto T. Kinoshita)

Assegurar direitos

O Seminário “Transtorno Mental e Empregabilidade: Inclusão pela Lei de Cotas”, promovido pela Câmara Paulista para Inclusão da Pessoa com Deficiência no Mercado Formal e pela Secretaria de Desenvolvimento, Trabalho e Inclusão de Osasco (SDTI), com a parceria da Fecomerciários, foi realizado na terça-feira, 25 de outubro, na Delegacia Regional do Trabalho do Estado de São Paulo, na Capital. Confira, abaixo, os principais momentos do evento.

Márcia Danziato, da SDTI, abriu o evento com as seguintes palavras: “Podemos olhar para o ser humano de diferentes formas. Tudo depende do ângulo que observamos”. Já o médico sanitarista e auditor fiscal do Trabalho, Dr. José Carlos do Carmo (Kal), disse: “A Lei de Cotas não pode ser vista como uma ‘panaceia’. Precisamos buscar ferramentas para assegurar os direitos das pessoas contempladas nessa lei”.

Eunice Aires, do Departamento de Educação e Responsabilidade Social da Fecomerciários, complementou: “É importante que esses trabalhadores também sejam vistos por suas potencialidades”. O coordenador geral do Programa de Esquizofrenia na Unifesf, Dr. Ary Gadelha, afirmou: “Nossa ideia não é colocar todas as pessoas com transtorno mental no mercado de trabalho, mas criar oportunidades para as que têm condições de trabalhar”.

Já o Dr. Roberto T. Kinoshita, coordenador técnico da Saúde Mental, Álcool e Drogas da Secretaria Municipal de Saúde de SP, frisou: “Temos que encontrar maneiras de fazer com que elas se tornem úteis à sociedade. .

Capacitação e sensibilização

Por sua vez, a Dra. Júlia C.G. Abreu, criadora da Economia Criativa em Reabilitação Psicossocial (Dasdoida), associação que incentiva ações de geração de emprego e renda para pessoas com transtornos mentais, enfatizou: “Entre os indicados para inclusão na Lei de Cotas, destaco os cinco principais motivos de afastamento no INSS. São os acometidos por depressão maior, transtorno obsessivo compulsivo (TOC), transtorno bipolar, os que têm problemas com consumo de álcool e drogas e os esquizofrênicos”.

Luciene Redondo, assistente social no Proesq – Unifesp, Dra. Sylvia Cury, gerente técnica de inclusão e Alessandra Silva, psicóloga e especialista em Recursos Humanos, ambas do Centro de Tecnologia e Inclusão (CTI), destacaram que para inclusão e retenção dessas pessoas nos postos de trabalho, é importante que haja também capacitação e sensibilização dos gestores e demais funcionários.

Durante o seminário também foram promovidos trabalhos em grupos e mesa de debates, coordenada pela terapeuta ocupacional Márcia Pompemayer.

O presidente da Fecomerciários e da UGT/SP, Luiz Carlos Motta, foi representado pelo presidente do Sinprafarma de São Paulo, João Pereira de Brito, que afirmou: “As pessoas com transtorno mental estão sem apoio. Precisamos nos unir para encarar esse problema e reduzi-lo”.

Veja a íntegra da matéria em: http://www.fecomerciarios.org.br/GiroComerciario/Index/18869

 

27/10/2016

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