Museu do Ipiranga é restaurado com recursos de acessibilidade

Publicado em: 16/06/2021


Além dos elevadores, a restauração inclui dispositivos para descrição em LIBRAS, audiodescrição e peças multisensoriais.

Por Fátima El Kadri 

Fechado para visitação desde 2013, o Museu Paulista da Universidade de São Paulo, mais conhecido como Museu do Ipiranga, está sendo completamente restaurado. E sua reabertura, prevista para setembro de 2022, promete muitas surpresas, especialmente às pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. 

Diferente de outros museus acessíveis, não haverá entradas separadas para pessoas com deficiência física, o que significa que todos terão acesso ao museu pelo saguão principal, para que tenham a mesma experiência na entrada.

“A experiência vai começar igual para todo mundo, a partir das entradas pelo jardim, pelas mesmas portas. Isso é muito emblemático. Rico, pobre, preto, branco, mulher, homem, cegos, surdos, cadeirantes e autistas seguindo a mesma proposta”,  disse Denise Peixoto, educadora no museu, à Folha de S. Paulo.

No edifício tombado pelo patrimônio histórico, estão sendo instalados elevadores, que são elementos básicos para tornar um prédio acessível. Porém, a acessibilidade não ficará somente na parte arquitetônica. Haverá também descrição em LIBRAS e tratamento multisensorial (texturas, sons e aromas ) em parte do acervo, ampliando assim, as possibilidades de exploração para pessoas com deficiência auditiva e visual. 

Alinhado às novas tecnologias, o espaço terá rede wi-fi gratuita, onde os visitantes poderão acessar sugestões de experiências que sejam acessíveis. 

De acordo com um relatório divulgado em março deste ano pelo comitê gestor responsável pelo projeto de restauração do museu, cerca de 50% das obras já estão concluídas e o cronograma para reabertura de um dos principais pontos culturais da cidade segue dentro do prazo.

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