Pós em Gestão Estratégica em Diversidade e Inclusão é pioneira no Brasil

Publicado em: 11/09/2016


Após a Lei de Cotas ganhar força graças à fiscalização, algumas  empresas que experimentaram a diversidade passaram a olhar com mais entusiasmo para a inclusão de pessoas com deficiência no mercado formal de trabalho. Essa mudança, entretanto,  não brotou da raiz corporativa de organizações “boazinhas”, e sim da constatação de que a diversidade as torna mais produtivas e rentáveis.

Essa é a tese do professor Fábio Uzunof, idealizador e coordenador de um curso de pós-graduação inédito no País, desenhado a partir de pesquisas de campo feitas pelo próprio Fábio e equipe, e que o Instituto Mauá de Tecnologia lançou em 2015: a extensão Lato Sensu em Gestão Estratégica em Diversidade e Inclusão. “Investir em diversidade incrementa a rentabilidade da empresa”, garante ele aos alunos, em sua maioria profissionais inovadores e gestores de empresas que buscam introduzir ações positivas à cultura organizacional, através de um programa estratégico de diversidade e inclusão.

A primeira turma – que concluiu o curso em agosto de 2016, foi composta por profissionais de áreas distintas, como medicina, RH, administração, pedagogia e outras, que buscam entender e aprofundar seus conhecimentos nesse universo. “Há um viés inconsciente de que trabalhar com pessoas com deficiência é mais difícil. Por isso a liderança inclusiva precisa ser construída a partir de metas claras e fatos reais que, respeitando o DNA da empresa, provoquem uma ruptura nesse paradigma”, ensina o professor.

Com a Lei de Cotas, milhares de vagas precisam ser preenchidas e, para  integrar essas pessoas ao mercado de trabalho, é preciso formar profissionais capazes de implantar projetos abrangentes. “O foco precisa ser em competências, conhecimentos e habilidades, não em deficiência”, aponta o coordenador, enquanto prepara o fechamento da segunda turma da extensão em Gestão Estratégica em Diversidade e Inclusão.

“Queremos promover essa formação inovadora em escala, de forma a refletir a inclusão na estratégia da organização –  na sua missão, visão, valores e também nos produtos e serviços que levam sua marca”, ambiciona o empreendedor Fábio Uzunof.

Resultados podem ultrapassar as expectativas

Descrição de imagem: Fotografia do rosto de Fábio Uzunof. Fábio pe um homem branco, de cabelos curtos e escuros e veste uma camisa preta.

Fábio Uzunof, idealizador e coordenador da pós em Gestão Estratégica em Diversidade e Inclusão

Fábio Uzunof tem 48 anos e ficou paraplégico em 1992, aos 25 anos de idade, após sofrer um acidente de carro. Estava no último ano da faculdade de Engenharia Elétrica da Unesp e, mesmo com internações e tratamentos, conseguiu formar-se no ano seguinte. Em 2005, concluiu uma pós-graduação na USP em Engenharia Elétrica e, atualmente, faz mestrado em Engenharia Mecânica.

“Quando uma pessoa com deficiência tem direito ao trabalho e se torna um cidadão economicamente ativo, fica movido por um tipo de entusiasmo e autoestima que, por vezes, faz com que os resultados sejam maiores do que a expectativa e até a de seus pares que não tenham  deficiência”, avalia Fábio, que costuma se autodefinir como empreendedor social.

Sua experiência prática soma mais de 20 anos na área de negócios em empresas dos segmentos de energia elétrica, indústria eletroeletrônica, Telecom, TI e consultorias. Há 14 anos atua no ensino superior como coordenador, professor e pesquisador. E, desde 2015, coordena a pós-graduação e novos negócios no Instituto Mauá de Tecnologia.

Atua como propagador dos direitos da diversidade humana, ampliando as fronteiras da inclusão da pessoa com deficiência e buscando o acesso pleno e de qualidade desse nicho de profissionais ao mercado formal de trabalho.

Link para o curso – http://maua.br/pos-graduacao/aperfeicoamento/gestao-estrategica-diversidade-inclusao

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